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sábado, 29 de janeiro de 2011

Recidiva bioquímica em câncer de próstata

O câncer de próstata é a segunda neoplasia mais frequente em homens. Uma maneira de diagnosticar a doença é pela dosagem do Antígeno Prostático Específico (PSA). O PSA é uma proteína secretada pela próstata e seu aumento no sangue, excluídas as causas benignas disso, pode indicar a presença de câncer de próstata.
Outro fato ligado à dosagem de PSA nos pacientes com esse tipo de câncer é a identificação de um grupo de pacientes que apresentam elevadas taxas do PSA na falta de sinais clínicos ou radiológicos de recidiva, mesmo após terem sido tratados para a doença localizada. Nos EUA, cerca de dois terços das pessoas diagnosticadas com câncer de próstata todos os anos são tratadas com cirurgia ou radioterapia e 40% dessas apresentam recidiva após o tratamento local, representando 50.000 pacientes por ano com diagnóstico de recidiva bioquímica.
A recidiva bioquímica pode ser caracterizada como níveis persistentemente detectáveis de PSA após a prostatectomia radical (remoção da glândula prostática e algum tecido circundante cirurgicamente) ou um aumento do PSA após um período de normalização.  É esperado que, depois dessa intervenção cirúrgica, a meia vida sérica do PSA seja de 2,6 dias, que quer dizer o tempo que ele vai permanecer no sangue. Dessa forma, o normal é que dentro de duas a quatro semanas o nível de PSA seja considerado "indetectável", o que não significa cura, já que 40% dos pacientes irão progredir durante o seguimento.
Avaliar o paciente com recidiva bioquímica visa determinar se esta significa que há uma recorrência local ou sistêmica do câncer de próstata. A maior parte dessa recidiva indica manifestação de doença metastática. Não existe uma terapia padrão para os pacientes com a recidiva, o que frequentemente é adotado é a observação, a radioterapia de salvamento e hormonioterapia. Em alguns casos, também podem ser utilizados a braquiterapia, a crioterapia e a prostatectomia de salvamento.
A administração dos pacientes com recorrência bioquímica do câncer de próstata é um desafio para vários médicos, como oncologistas, urologistas e radioterapeutas. É um grupo de pacientes diversos, com evolução clínica diferente,  cujo conhecimento dos fatores prognósticos é extremamente importante, pois pode poupar exames  onerosos, muitas vezes desnecessários, visando individualizar o tratamento da melhor forma possível.
Por Lara Teixeira
Fonte: Revista Brasileira de Cancerologia

4 comentários:

  1. Meu PSA está subindo muito.
    Fiz cirurgia radical em 2009, depois 37 sessões de radioterapia. e em 12 meses pulou de 0,99 para 2,57, qual opção tenho para controlar e reduzir PSA, Que está acontecendo eporque? Obrigado

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  2. Fiz prostatectomia radical em 2009. Em 2014 meu PSA voltou a subir bastante. Estou fazendo homonioterapida com Zoladex injetável a cada mes, porém com várias sequelas tipo dores na coluna lombar, inchaço e dor nos punhos, dificuldade para pisar nos pés ( andar ), além de leve incontinência urinária. Existe algum outro tratamento mais eficiente?

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