O adenocarcinoma gástrico é um dos cânceres que mais mata em todo o mundo. Como o nome sugere, está associado aos alimentos consumidos e a outras coisas que possuem contato íntimo com o estômago. Acontece que a dieta urbana do novo século inclui, principalmente, os alimentos de potencial cancerígeno.
O câncer se desenvolve em pessoas que consomem alimentos do tipo enlatados com alto índice de nitrito ou nitrato, tais como carnes processadas e temperos; fumo e tabaco também estão relacionados devido à presença de alcatrão, também presente na carne defumada, capaz de causar não só o adenocarcinoma gástrico como vários outros relacionados a todo o sistema respiratório e parte alta do sistema digestório.
O nitrito e o nitrato, porém, não parecem ser os fatores que realmente causam a carcinogênese gástrica, a substância cancerígena envolvida é a nitrosamina, derivada desses compostos. Sua sintetização depende de bactérias Helicobacter pylori capazes de realizar a conversão de nitrito em nitrato. Essas bactérias são encontradas tanto em alimentos estragados ou em estado de putrefação como em comidas cruas, que geralmente estão parcialmente decompostas. O nitrato sintetizado pela bactéria se junta a amidas e forma a nitrosamina carcinogênica. Alimentos alcalinos são ótimos para essas bactérias, uma vez que favorecem o pH para a conversão do nitrito.
Erroneamente o adenocarcinoma gástrico é associado ao baixo nível socioeconômico, o que pode ser facilmente percebido ao se analisar que o câncer está presente em países desenvolvidos. Vale lembrar que a nitrosamina pode ser sintetizada de alimentos em conserva, tabaco e carne defumada. Também está associado o consumo de carboidratos complexos que possuem antecedentes da nitrosamina em suas fórmulas, fazendo com que dietas com elevado nível de carboidratos sejam de grande suspeita para a incidência do câncer.
Procure o médico: é possível identificar o câncer através da endoscopia digestiva alta, método eficiente que permite identificar visualmente o local e o alastramento da lesão maligna. |
Por Vitor Breves
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