Páginas

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Quimioterapia antineoplásica

O histórico da quimioterapia se dá na Segunda Guerra Mundial com o uso do gás mostarda, muitos soldados expostos ao gás morreram por atrofia de glândulas linfáticas e problemas na medula óssea, resultando em câncer. A partir daí a farmacologia se empenhou no tratamento de doenças neoplásicas com fármacos, observando a atividade química de algumas substâncias contra e a favor do câncer. Em 1950 foram identificados os primeiros antibióticos com atividade antitumoral, essa descoberta encorajou outros cientistas ao rápido desenvolvimento da quimioterapia antineoplásica, hoje em dia há diversas drogas disponíveis para o tratamento do câncer.

Ao contrário do que muito se pensa, a quimioterapia não é apenas feita pelo método intravenoso. Ela pode ser administrada também via intratecal – em que o quimioterápico é inserido na dura-máter na região lombar, substituindo parte do líquido secretado pela membrana – por via oral, por meio de comprimidos, via intramuscular e até subcutânea. Algumas drogas quimioterápicas apresentam um risco de toxicidade elevado e, portanto, necessitam de uma rigorosa vigilância clínica e laboratorial
A quimioterapia é um dos principais métodos para a cura do câncer, dependendo do seu estágio. É mais eficiente em tumores que são rapidamente identificados e também se mostra eficiente quando utilizada em crianças. Pode ser empregada com dois objetivos: curativo, quando o intuito é, efetivamente, curar o paciente, e paliativo, quando o controle parcial da doença e a melhoria da qualidade de vida do paciente são os objetivos. As duas, enfim, convergem para uma melhora da sobrevida do paciente.
 A quimioterapia é a utilização de agentes químicos isolados ou em combinação que atuam nos processos de crescimento e ciclo celular. A sua utilização pode ser adjuvante, quando usada após tratamento cirúrgico ou radioterápico curativos; ou neoadjuvante, quando usada antes do tratamento cirúrgico, geralmente para reduzir a massa tumoral e poupar a quantidade de lesões durante a cirurgia. Em sua grande maioria, os quimioterápicos atuam na fase de mitose, impedindo ou dificultando a divisão celular.
                A maioria dos agentes antineoplásicos não possui especificidade, isso explica seus efeitos colaterais. O fármaco atuará atacando qualquer célula do organismo que é capaz de se dividir com freqüência ou que passa pela fase de mitose. Os efeitos colaterais mais comuns são a queda de cabelo, as náuseas, a mucosite – inflamação das mucosas oral e intestinal causando descamação ou ulceração – e a mielodepressão – toxicidade da medula óssea, comprometendo trombócitos (favorece hemorragias), leucócito (favorece infecções) e eritrócitos (causando anemia).
Atualmente os fármacos são produzidos com uma nova tecnologia, que fica focada em não manifestar os clássicos efeitos colaterais constrangedores ao paciente – já é possível agir contra náuseas e quedas de cabelo. Assim age a terapia-alvo, contra elementos específicos das células tumorais – como a capacidade dela de se manter em um tecido e a resistência que a célula possui contra os quimioterápicos; preferencialmente em um processo central na fisiopatologia da neoplasia. Com o desenvolvimento dessa técnica será possível ao oncologista solicitar exames sem que haja procedimento invasivo de outras vias metabólicas.


Por Vitor Breves
Fontes:
http://www.itcancer.com.br/site/index.php/tratamento-do-cancer/quimioterapia


Um comentário: