Hoje nosso post será sobre uma reportagem que saiu no Correio Brasiliense. Aqui segue um resumo da reportagem e depois uma pesquisa que a Lara fez sobre o assunto na Revista Brasileira de Cancerologia. Está um pouco grande o post, mas vale a pena conferir!
RESUMO DA REPORTAGEM
Muitos médicos e familiares acreditam que repouso seja melhor, mesmo que não haja evidências científicas que comprovem esse fato. É verdade que os pacientes ficam mais suscetíveis a doenças, pois a imunidade cai, mas isso não está relacionado aos exercícios físicos. As contraindicações, na verdade, são as mesmas que para outras pessoas.
O exercício pode ser iniciado assim que for feito o diagnóstico da doença e deve ser feito por prescrição do médico e do educador físico, que sabem a dosagem ideal do exercício. Deve-se respeitar os limites dos pacientes.
É preciso evitar riscos de traumas e quedas, especialmente no caso de pacientes com baixa contagem plaquetária. É necessário proporcionar também aos pacientes: alimentação saudável, ambientes abertos e nada de contato com indivíduos doentes.
ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS
Existem diversos métodos terapêuticos que se mostram efetivos no tratamento de câncer, como quimioterapia, radioterapia e hormonoterapia. Entretanto, essas intervenções podem afetar tecidos saudáveis, causando debilitações agudas e crônicas, incluindo a redução da capacidade cardioventilatória e problemas relacionados à diminuição de atividade física.
A National Cancer Institute fez uma pesquisa comprovando que de 72% a 95% dos pacientes com algum tipo de câncer experimentam a sensação de fadiga durante e após o tratamento. Muitos se queixam, também, de dor e da redução de força muscular. Tais fatores afetam diretamente a qualidade de vida dos pacientes oncológicos e, por tal motivo, estudos são feitos para tentar minimizar essa situação. Foi evidenciado, então, que atividades físicas têm efeitos extremamente positivos sobre a vida desses pacientes.
A realização regular de atividade física demonstra combater os efeitos negativos de um tratamento contra o câncer, especialmente no que diz respeito a melhorias na capacidade cardioventilatória e funcional. Exercícios aeróbicos constantes em pacientes que são tratados com quimioterapia e/ou radioterapia têm se traduzido em melhoras nas percepções psicológicas e de funcionalidade de membros inferiores.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Nacional de Câncer mostra que pacientes que realizaram mais do que 297 METs¹ – total equivalente a uma caminhada de 30 minutos realizada três vezes por semana - quando comparados com os que realizaram menos do que 297 METs, apresentam uma melhora na qualidade de vida, tanto no que diz respeito a uma melhor funcionalidade corporal, quanto uma menor sintomatologia.
Conclui-se, então, que programas regulares de exercício físico são possíveis estratégias contra aspectos negativos do tratamento ao câncer, aumentando a qualidade de vida do paciente. Porém, ainda são necessários mais estudos sobre o assunto.
MET¹: equivalente metabólico. Um MET equivale ao número de calorias que um corpo consome enquanto está em repouso. Quando um indivíduo realiza uma atividade, isso representa uma quantidade determinada de MET, ou seja, ele vai gastar tantas vezes mais energia (o número de MET) do que se estivesse parado.
Por Lara Teixeira
MET¹: equivalente metabólico. Um MET equivale ao número de calorias que um corpo consome enquanto está em repouso. Quando um indivíduo realiza uma atividade, isso representa uma quantidade determinada de MET, ou seja, ele vai gastar tantas vezes mais energia (o número de MET) do que se estivesse parado.
Por Lara Teixeira